Autor: Paulo Henrique Costa
Nos dias de hoje, a maioria das empresas gera muito mais dados do que consegue utilizar. Para transformar estes dados em informações úteis e em vantagem competitiva, elas precisam adquirir novas habilidades e fazer gestão de uma forma diferente.
“Não se gerencia aquilo que não se mede”. Essa frase atribuída a W. Edwards Deming nunca nos desafiou tanto!
Até um tempo atrás, empresas de varejo, por exemplo, tinham informações do cadastro de seus clientes como nome, endereço e data de nascimento. Mas não muito mais que essas e os dados de suas transações – o que o cliente comprou. Com base nisso, já com tecnologias bastante inteligentes, buscávamos (a) oferecer o próximo melhor produto para os já clientes e (b) entender o seu perfil para buscar novos clientes com perfil semelhante a eles.
O que mudou então? Isso que chamávamos de Analytics já não era um Big Data?
Fundamentalmente, nossas atividades passaram a gerar uma quantidade muito maior de dados relevantes sobre os diversos públicos com os quais nos relacionamos, em um formato muito mais diversificado e numa velocidade muito maior do que antes. Mas nada disso tem valor se não for gerenciado!
Além de dados cadastrais e de transações, as empresas online agora podem medir quantos clientes visualizam seus anúncios, quantos entram em sua loja, o que é recomendado a cada um deles, o que eles aceitam ou não e, inclusive, o que foi comunicado a eles depois que eles se foram e o resultado de toda essas ações. Sem contar a capacidade dos consumidores de compartilharem livremente o que acharam de cada experiência em formato de texto ou vídeo, criando mensagens que se espalham mundo afora com a velocidade do vento.
Com a popularização dos smartphones, GPS’s e a existência de novas ferramentas de rastreamento também no mundo off-line, essa geração de dados sobre o comportamento humano se torna realmente avassaladora e as empresas têm dificuldade em organizar e explorar todos estes dados de forma a tirar vantagem deles.
Grandes corporações e comunidades organizadas apostam na tecnologia para dar conta da nova realidade. Gigantes como IBM, Oracle e Teradada oferecem soluções de hardware como Netezza, ou Exadata. A plataforma Hadoop aporta a solução de computação distribuída e o projeto Apache também mantem o sistema de banco de dados Cassandra, ambos construídos de forma colaborativa. A Amazon tem sua solução Redshift específica para o assunto e por aí vai.
Muitas vezes as soluções de Big Data automatizam processos e conseguem gerar respostas no tempo imposto pela nova realidade, sem a necessidade de intervenção humana.
Um dos pontos fundamentais para que os dados sirvam como ferramenta de gestão, no entanto, é a capacidade que temos de usa-los para nos ajudar na tomada de decisão.
A transformação envolve sim, muita tecnologia, mas também uma mudança cultural nas empresas para que, sem desprezar a intuição e a experiência, possa-se usar mais informações para basear nosso processo de decisão no que chamamos de abordagem data-driven.
Referências
Hardware
- www-01.ibm.com/software/data/netezza/
- oracle.com/exadata
- teradata.com/Portuguese/Banco_de_Dados_da_Teradata
Big Data
- http://www.hortonworks.com/apache/hadoop
- http://cassandra.apache.org/
- https://aws.amazon.com/pt/redshift/
Wikipedia
Livros
- The Big Data-Driven Business: How to Use Big Data to Win Customers, Beat Competitors, and Boost Profits (https://www.amazon.com/Big-Data-Driven-Business-Customers-Competitors/dp/1118889800)
- Think Bigger: Developing a Successful Big Data Strategy for Your Business (https://www.amazon.com/Think-Bigger-Developing-Successful-Strategy-ebook/dp/B00HSUWM7Y)
- Data Smart: Using Data Science to Transform Information into Insight (https://www.amazon.com/Data-Smart-Science-Transform-Information)
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